Um levantamento do instituto Real Time Big Data, realizado entre os dias 11 e 12 de março de 2025, investigou a percepção dos brasileiros sobre racismo no futebol. A pesquisa, que ouviu 1.000 entrevistados em todas as regiões do país, apontou que 69% dos participantes consideram que o gesto de imitar um macaco é uma manifestação racista e deve ser punido exemplarmente.
Caso de racismo no futebol
A pesquisa questionou os brasileiros sobre um episódio recente envolvendo um torcedor do clube paraguaio Cerro Porteño, que fez gestos imitando um macaco para um jogador negro do Palmeiras durante uma partida válida pela Libertadores Sub-20. O caso ganhou repercussão nacional, e 77% dos entrevistados disseram ter acompanhado o episódio.
Percepção sobre o gesto racista
O levantamento indicou que a maioria da população condena esse tipo de comportamento. Segundo os dados, 69% dos entrevistados afirmam que o gesto de imitar um macaco é uma atitude racista e merece punição rigorosa. Outros 18% disseram não concordar com o gesto, mas acreditam que faz parte da cultura do futebol. Já 13% consideram a ação válida como uma forma de desestabilizar o adversário.
Eficácia das campanhas antirracismo
A pesquisa também abordou a eficácia das campanhas contra o racismo no futebol. Um expressivo número de 86% dos entrevistados afirmou que as notas de repúdio e as campanhas educativas já não têm mais efeito na atualidade. Apenas 14% ainda acreditam que essas iniciativas são eficientes no combate ao preconceito.
Punições no futebol
Diante do caso envolvendo o Cerro Porteño, o Palmeiras solicitou à Conmebol a exclusão do clube paraguaio do torneio, além de outras penalidades, como multas e jogos com portões fechados. Sobre essa questão, 55% dos entrevistados afirmaram que a punição ao Cerro Porteño é necessária, enquanto 45% consideram que o clube não deve ser responsabilizado pela atitude isolada de um torcedor.
Os dados demonstram que o racismo no futebol ainda é um problema significativo e que a maioria da população acredita na necessidade de punições mais severas para coibir essas práticas no esporte.